Archive for ‘Educação’

28/02/2017

Gênero: Por que não discuti-lo?

por Daniel Spitzer

Muito se fala sobre os problemas de discutir, ou não, a questão do gênero (principalmente na escola). Como a maioria de nossos visitantes já sabe, não vamos ficar escrevendo textos enormes para explicar as coisas aqui. A ideia do Blog é jogar a isca e fazer com que o indivíduo busque a verdade por si próprio sobre o assunto, apenas facilitamos (as vezes) a pesquisa com algumas indicações.

Começo então sugerindo a leitura do livro do Professor e Sociólogo Francês Pierre Bourdieu: “A Dominação Masculina”

Pierre Bourdieu analisa a dominação masculina que sobrevive na sociedade atual e nos faz refletir sobre o tema com uma postura crítica indispensável. Afirma que esta dominação não é biológica, mas uma construção arbitrária do biológico que fundamenta as divisões sexuais aparentemente espontâneas. Recorre à história das mulheres para mostrar que há mecanismos que podem contribuir para a exclusão feminina, provando que Família; Escola; Igreja e Estado ratificam a ordem social preponderante. E por fim provoca: será possível neutralizar todos os mecanismos que fazem da dominação masculina algo “natural” em nossa sociedade?

Segue abaixo, vídeo dos autores do livro “Diferentes, Não Desiguais”.
Qual o problema de discutir gênero na escola?

Se quiserem ler um trecho do livro gratuitamente, segue link disponibilizado pela editora Companhia das Letras (clique na imagem abaixo).

32045jpg

Para finalizar o post, a Professora e Antropóloga Debora Diniz afirma: gênero na escola pode, sim.

24/02/2017

Free software, free society (Software Livre, Sociedade Livre)

por Daniel Spitzer

Free software, free society: (Software Livre, Sociedade Livre) com Richard Stallman em TEDxGeneva 2014

Alguns destaques da fala de Stallman:
10:22 “Uma escola deveria preparar os cidadãos para viverem numa sociedade forte, capaz, independente, cooperativa e livre.”
11:02 “Há uma razão ainda mais importante: Escolas deveriam ensinar o espírito da boa vontade, o hábito de ajudar os outros.”
11:09 “Se você trouxer um programa para a escola, do mesmo modo que acontece com biscoitos, você terá que compartilhar com os outros. Não poderá ficar com tudo. Terá que compartilhar para que os outros aprendam.”
12:21 “Cada área nova, ou atividade na vida, pode trazer junto novos e necessários direitos humanos. Os direitos humanos dependem um do outro. Se você perder um, é mais difícil manter os outros.”

11/06/2016

Em direção a uma educação viva e contemporânea (Viviane Mosé) – Educação #5

por Daniel Spitzer

A filósofa e educadora Viviane Mosé faz uma análise da educação brasileira no primeiro programa da séria “Desafios da Educação Brasileira” no Café Filosófico – CPFL.

05/05/2016

A educação (Viviane Mosé) – Educação #4

por Daniel Spitzer

A escola fragmentada, dividida em disciplinas e grades curriculares, e distante da vida dos professores e alunos, se deparar, a cada dia, com um mundo que faz perguntas cada vez mais globais e urgentes, como a necessidade de considerar o todo, o planeta, a cidade. Quais os desafios da educação no mundo contemporâneo?

Palestra de Viviane Mosé no programa Café Filosófico CPFL gravada no dia 4 de setembro de 2009, em Campinas e exibida na TV Cultura em 2010.

27/04/2016

Paulo Freire: a leitura do mundo

por Daniel Spitzer

“Ivo viu a uva”, ensinavam os manuais de alfabetização. Mas, o professor Paulo Freire, com seu método de alfabetizar conscientizando, fez adultos e crianças, no Brasil e na Guiné Bissau, na Índia e na Nicarágua, descobrirem que Ivo não viu apenas a uva com os olhos. Viu também com a mente e se perguntou se a uva é natureza ou cultura.

Ivo viu que a fruta não resulta do trabalho humano. É Criação, é natureza. Paulo Freire ensinou a Ivo que semear uva é ação humana na e sobre a natureza. É a mão, multiferramenta, despertando as potencialidades do fruto. Assim como o próprio ser humano foi semeado pela natureza em anos e anos de evolução do Cosmos. Colher a uva, esmagá-la e transformá-la em vinho é cultura, assinalou Paulo Freire. O trabalho humaniza a natureza e, ao realizá-lo, o homem e a mulher se humanizam. Trabalho que instaura o nó de relações, a vida social. Graças ao professor, que iniciou sua pedagogia revolucionária com operários de Senai de Pernambuco, Ivo viu também que a uva é colhida por bóias-frias, que ganham pouco, e comercializada por atravessadores, que ganham melhor.

Ivo aprendeu com Paulo que, mesmo sem ainda saber ler, ele não é uma pessoa ignorante. Antes de aprender as letras, Ivo sabia erguer uma casa, tijolo a tijolo. O médico, o advogado ou o dentista, com todo o seu estudo, não era capaz de construir como Ivo. Paulo Freire ensinou a Ivo que não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se complementam na vida social. Ivo viu a uva e Paulo Freire mostrou-lhe os cachos, a parreira, a plantação inteira. Ensinou a Ivo que a leitura de um texto é tanto melhor compreendida quanto mais se insere o texto no contexto que Ivo extrai o pretexto para agir. No início, meio e fim do aprendizado é a práxis de Ivo que importa. Práxis-teoria-práxis, num processo indutivo que torna o educando sujeito histórico.

Ivo viu a uva e não viu a ave que, de cima, enxerga a parreira e não vê a uva. O que Ivo vê é diferente do que a ave vê. Assim, Paulo Freire ensinou a Ivo um princípio fundamental da epistemologia: a cabeça pesa onde os pés pisam. O mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor ou pela ótica do oprimido. Resulta uma leitura tão diferente uma da outra como entre a visão de Ptolomeu, ao observar o sistema solar com os pés na Terra, e a de Copérnico, ao imaginar-se com os pés no Sol.

Agora Ivo vê a uva, a parreira e todas as relações sociais que fazem do fruto festa no cálice de vinho, mas já não vê Paulo Freire, que mergulhou no Amor na manhã de 2 de maio. Deixa-nos uma obra inestimável e um testemunho admirável de competência e coerência. Paulo deveria estar em Cuba, onde receberia o titulo de doutor honoris causa da Universidade de Havana. Ao sentir dolorido seu coração que tanto amou, pediu que eu fosse representá-lo. De passagem marcada para Israel, não me foi possível atendê-lo. Contudo, antes de embarcar, fui rezar com Nita, sua mulher e os filhos, em torno de seu semblante tranqüilo: Paulo via Deus.

Autor(a): Frei Betto
Fonte: Extraído do documento disponível no Portal do MEC – Programa de Professores Alfabetizadores – Módulo 3
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf

01/08/2015

Capital Cultural (Pierre Bourdieu) – Educação #3

por Daniel Spitzer

A metáfora criada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu busca explicar como a escola, ao não levar em conta o capital cultural de alunos vindos de diferentes meios sociais, ajuda a manter essas diferenças e estratificar a sociedade.
O vídeo criado pela Univesp TV, apresenta de uma forma bem didática e resumidamente, conceitos de Pierre Bourdieu de “Capital Cultural” e “Violência Simbólica” na escola.

31/07/2015

Educação acontece em todo lugar (Tião Rocha) – Educação #2

por Daniel Spitzer

Tião Rocha conversa com o público sobre suas reflexões baseadas num aprendizado mais livre e sobre seus projetos pedagógicos e propostas que mostram a importância da cultura local como matéria essencial para a educação.
Fala também de sua trajetória e sobre sua visão de que educação acontece em qualquer lugar. Além disso, irá apresentar seus projetos mais relevantes, como o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), criado em 1984.

30/07/2015

Documentário: “Quando sinto que já sei” – Educação #1

por Daniel Spitzer

Por que toda aula tem de ser assim? Por que não mudar? Diretores, professores, pais e alunos questionam há anos os motivos que levam ao distanciamento entre a sala de aula e o mundo exterior. Diante do medo do vestibular e do mercado de trabalho, a discussão nem sempre avança e o modelo permanece o mesmo, mas, ao redor do país, várias iniciativas começam a mudar este quadro com ousadia resultante do contato entre escola e comunidade. Saem as grades, as paredes e abre-se espaço ao diálogo. Este é o ambiente do documentário “Quando sinto que já sei”.

*Texto adaptado do site Porvir

20/06/2015

A fome é um problema mundial. Imagine se a solução fosse simples.

por Solange Rosa Spitzer

19/06/2015

Criança, a Alma do Negócio

por Daniel Spitzer